sexta-feira, 6 de agosto de 2010

domingo, 11 de janeiro de 2009

“Isto não é normal…”

SiNOPSE

Sempre que digo uma piada ou faço um truque, existem sempre milhares e milhares de pessoas que bocejam e dormem. Mas as duas que ficam atentas exclamam sempre, em uníssono, “Isto não é normal!” (Obrigado, Pais). Este é um espectáculo sobre a minha falta de normalidade e sobre as dificuldades de ser mágico num mundo tão absurdo como o de hoje… e, possivelmente, como o de amanhã também. O público é convidado a entrar numa viagem pelo ao meu quotidiano, onde memórias e inspirações vagueiam à espera de serem concretizadas em algo novo. Aviso também que as mulheres não serão serradas ao meio, que não existem coelhos nem cartolas e que dispenso qualquer piada que envolva o desaparecimento da sogra de um dos espectadores presentes. É que essas são as coisas normais, e isto não é normal.

Helder Guimarães

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Numa época em que somos dominados pela cultura de massas, devemos privilegiar o contacto directo com pessoas, promovendo actividades culturais de cariz intimista. Como esse propósito, este espectáculo está desenhado para pequenos auditórios e necessita da colaboração do público. Este espectáculo é a tentativa de juntar o lado mais humano do teatro e o lado mais teatral do ilusionismo, criando um objecto artístico novo. Helder Guimarães é, actualmente Campeão Mundial de Magia com Cartas e o único português que alguma vez conseguiu tão elevada distinção. Combinando a sua actividade profissional com a sua formação em Estudos Teatrais, arrisca neste projecto a fusão entre estas duas áreas. O ilusionismo tem, hoje em dia, diversas facetas que são desconhecidas do grande público. Já não existem só os mágicos que se vestem de preto, nem os mágicos de circo com “partenaires” de lantejoulas. Estes estereótipos existem, e existirão sempre, mas não são os mais interessantes nesta área. Depois de ter conquistado o título em 2006, Helder Guimarães tem viajado por todo o mundo, desde Japão, Estados Unidos, Brasil, Finlândia, Coreia do Sul, Argentina, Inglaterra e Espanha, utilizando apenas um baralho de cartas nos seus espectáculos, executando as suas criações próprias e não se limitando ao papel de executante. Esta qualidade artística, que lhe é reconhecida internacionalmente por profissionais da área, deve ser reconhecida no seu próprio país.
E se pensa que por conhecer um ou dois “truques” de cartas, já sabe alguma coisa, peço-lhe que volte a pensar outra vez. Helder Guimarães transporta para os tempos modernos a palavra prestidigitação, onde a técnica é tratada ao pormenor, tentando ser tão perfeita quanto invisível.
A temática deste espectáculo é, essencialmente, a imaginação. Um trabalho encima do mundo interior de Helder Guimarães e como esse se expressa através da magia com cartas. As ligações às diferentes épocas (anos 80, 90 e primeiros anos de séc. XXI) são trabalhadas de forma cronológica, tentando sempre que possível associar aos diferentes acontecimentos que foram acontecendo na sociedade (nem sempre os mais marcantes, mas aqueles que maior influência tiveram no seu percurso artístico). Com esta base, os objectos existentes são apenas a porta para entrar num mundo de ilusão. Tal como Alice entra para o País das Maravilhas, o espectador é convidado a entrar num universo de impossibilidades mentais e visuais, aliadas ao sentido de humor. Esta nova abordagem mágica pode atrair novos públicos às salas de espectáculos e permitir o desenvolvimento da magia enquanto tipologia de espectáculo.

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Em cena de 12 de Fevereiro a 1 de Março 2009
Quinta a Sábado às 22h
Domingo às 16h
Teatro Casa da Comédia
Rua São Francisco de Borja 22, Lisboa
Preço dos bilhetes: 10 €

www.helderguimaraes.com
www.istonaoenormal.com
in.qualquercoisa@gmail.com
Informações e reservas: 91. 917 50 69 / 96. 776 7512

ISTO NÃO É NORMAL

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

domingo, 14 de setembro de 2008

ER 377-2: A estrada da escravatura

O desenvolvimento local sustentável é mais que uma retórica filosófica. É uma
manifestação do mais puro que há em ciência económica.O protesto das empresas de transporte este ano veio colocar a nú as fragilidades do sistema em que vivemos. Situação momentânea, é certo, mas esclarecedora de uma realidade encaputada à muito. O sistema actual baseado no petróleo é demagógico.A distância entre dois pontos tem vindo a aumentar de forma assustadora. Os caminhos que percorremos todos os dias são cada vez mais longos, e sombrios. As colinas verdejantes outrora descritas pelos poetas, são hoje monos de betão bordejados por alcatrão, na noite deliniados por cordões de luz. Consumimos e esquecemos, enchendo a nossa paisagem pessoal de monos, que nos tapam e despersonalizam, aniquilando assim o contacto mais íntimo com a Natureza.Fazêmo-lo intuitivamente, aliás, como tudo à nossa volta “evolui”, porquê ficar para trás…Sacrificamos a nossa vida e a das gerações precedentes. Destruímos ecossistemas vitais sem, na maior parte das vezes, nos darmos ao trabalho de os conhecer. Esta estrada é um caminho para nenhures, uma fuga em frente. No caso da ER 377-2, é quem conhece e reconhece, que desvaloriza e destroi.É tempo de parar, de nos reencontramos como sociedade, e para isso servem os espaços públicos. É tempo de os voltar a utilizar. Contrariar esta necessidade é betonizar o nosso pensamento, anularmo-nos como indivíduos, pois viver em sociedade é bem mais que comprar e vender. A destruição das hortas das Terras da Costa e da Mata dos Medos, ainda que parcial,é incoerente e reflexo dessa mesma betonização do pensamento.As terras da Costa produzem vegetais de excelente qualidade, durante todo o ano.Para alimentar o concelho de Almada, bem como Lisboa.A má gestão e organização do território têm impossibilitado a implementação de um sistema de produção de proximidade, hoje em dia tão falado para combater as alterações climáticas, e fixar as mais valias nas comunidades locais.Querer acabar com o tráfego intenso é criar politicas concisas de transportes públicos, trazendo o metro de superficie até à Costa da Caparica e à Charneca da Caparica como um dos objectivos obrigatórios para o programa Pólis.
Mais estradas são mais carros, é mais poluição, é menor qualidade de vida, é maior
dívida pública, são mais importações, é maior défice.A Mata dos Medos é o local onde os nossos sonhos se refugiam, é aquele espaço aqui mesmo, que podemos visitar sem porteiro nem horários, onde apenas precisamos de ter tempo, de respeitar o que nos rodeia, de, no fundo, respeitarmonos.Todos, os que aqui vivem e os que visitam a Costa da Caparica, têm o direito a um ambiente saudável e harmonioso, têm direito à praia, ao campo, à comida local, às caminhadas pela Mata, ao andar de bicicleta em segurança, aos transportes públicos acessiveis, têm o direito a uma paisagem, têm direito a uma vida sem muralhas e sem mais alcatrão.A Arriba Fóssil da Costa da Caparica, a Mata dos Medos e toda a faixa costeira já contribuem mais do que o suficiente para o “desenvolvimento” do País.Chegou a hora da verdadeira implementação do desenvolvimento local sustentável.É só querermos.

Nuno Belchior
Projecto 270

Costa da Caparica, Agosto 2008

Apartado 6
2826-901 Costa da Caparica
Portugal
www.projecto270.com

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Mata dos Medos

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Assunto: Atentado ambiental na Mata Nacional dos Medos
Autora: Mariana Aiveca
Dirigido ao: Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional
Data: 4 de Setembro de 2008

A Mata Nacional dos Medos, mandada plantar por D. João V, é protegida desde 1971 como Reserva Botânica, devido ao «grande interesse botânico e paisagístico que justifica a sua defesa e conservação integrais». Mais tarde, fica inserida no perímetro da Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica (PPAFCC), criada em 1984, acautelando a sua integridade e interesse público.
Acontece que a Câmara Municipal de Almada, agora com a cumplicidade do director da PPAFCC e do Secretário de Estado do Ambiente, insiste em querer construir uma via de duas faixas precisamente no núcleo florestal mais antigo e mais importante desta mata bicentenária.
Este é um projecto já antigo, que data de 2000 com o nome de “via turística”. Desde então vários foram os chumbos e pareceres negativos, mas parece que a insistência levou a melhor, agora com o projecto meio reformulado mas a continuar a ser um erro ambiental grave.
A “via turística”pretendia atravessar parte da Arriba Fóssil, seguida do troço actualmente previsto para a Mata Nacional dos Medos. Esta via teve uma sucessão de pareceres negativos, desde o director do PPAFCC (que estranhamente mudou de opinião), ao Supremo Tribunal Administrativo e à União Europeia, passando pelo Instituto de Estradas de Portugal. Mas mesmo com este processo atribulado, e existindo alternativas viáveis (já existe uma via nesta zona que poderia ser melhorada) este projecto prepara-se, incompreensivelmente, para avançar no terreno.
O Bloco de Esquerda considera que o património ambiental e paisagístico não pode ser alvo de dois pesos e duas medidas, sendo urgente que a legislação de protecção destes valores seja efectivamente cumprida nos seus objectivos estabelecidos. Desta forma, defendemos que este projecto deve ser determinantemente chumbado.
Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, requeiro ao Ministério presidido por V. Ex.ª as seguintes informações:
1 – Como justifica o Ministro que seja aprovada a construção de uma estrada em plena Reserva Botânica e zona de Paisagem Protegida?
2 – Vai o Ministro permitir que este atentado ambiental se concretize? Que medidas vai adoptar para fazer cumprir os objectivos da legislação que protege estes valores naturais e paisagísticos?

A deputada do Bloco de Esquerda

(Mariana Aiveca)

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

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O encontro é a sinergia de duas tranjectórias vitais, de dois destinos.